Palestra “Desafio Não É Brincadeira reúne mais de 120 pessoas na Primeira Igreja Batista para discutir desafios virtuais e formas de proteção
Conscientização, disseminação de informações importantes e diálogo marcaram a noite desta segunda, 09, na Primeira Igreja Batista do Paranoá, onde aconteceu mais uma edição da palestra “Desafio Não É Brincadeira”, uma iniciativa da Secretaria da Mulher do Distrito Federal, por meio da Subsecretaria de Transformação Tecnológica e Inovação Feminina (SUBTINF). O evento teve como foco os riscos do ambiente digital, especialmente para meninas e adolescentes, e reuniu mais de 120 participantes, entre pais, mães, jovens e educadores da região.
A ação propiciou um espaço de escuta e orientação sobre os desafios perigosos que circulam nas redes sociais, os efeitos do cyberbullying, os crimes virtuais e outras ameaças digitais que afetam principalmente meninas e jovens mulheres. A proposta foi construir estratégias práticas de prevenção, proteção emocional e empoderamento tecnológico, com apoio de especialistas e autoridades.
A subsecretária Sandra Faraj, iniciou o momento criando uma importante conexão com os pais e jovens presentes, destacando a importância de conectar tecnologia com cuidado e responsabilidade, com foco nas necessidades específicas do público feminino jovem e, principalmente, sobre os cuidados necessários no mundo digital.
“Reunimos mães, meninas, educadores e especialistas com um único propósito: falar de forma aberta e responsável sobre os riscos do ambiente digital. Levamos informação, escuta e estratégias práticas para proteger e empoderar nossas meninas. O cuidado com elas no mundo digital não pode esperar. Seguimos firmes no nosso propósito: transformar a tecnologia em aliada da segurança, da autonomia e do protagonismo feminino”, afirmou Faraj.
Família, escuta e prevenção
Entre os convidados, a conselheira tutelar do Paranoá, Lucinéia Fernandes, trouxe um alerta sobre a importância da união entre pais e crianças. “A família precisa ter vínculos, uma vez que a prevenção começa em casa, com diálogo, e se fortalece com informação de qualidade como a que foi compartilhada aqui hoje. Nosso papel é ouvir, orientar e agir quando for necessário, sempre colocando a proteção da criança e do adolescente em primeiro lugar”, destacou.
A psicanalista Elidiana Brandão complementou a fala enfatizando que o envolvimento dos pais na rotina dos filhos pode abrir caminhos para conversas importantes. “Quando os pais passam a conversar e perguntar sobre o dia a dia dos seus filhos, eles criam oportunidades para que esses criem elos e pontes para falar não só sobre o dia, mas também a relatar quando algo suspeito pode estar acontecendo”, afirmou a especialista.
A delegada Karen Lagkrammaer, que dirige a Divisão Integrada de Atendimento à Mulher da Polícia Civil do DF, ressaltou o papel das instituições no apoio às famílias. Para ela, encontros como o promovido no Paranoá são fundamentais para ampliar o conhecimento da população sobre os recursos disponíveis. “Nós temos delegacias especializadas que podem ajudar os pais a aumentar a segurança de seus filhos. Foram isso, existem vários canais que facilitam esse processo para que a gente possa auxiliar os responsáveis com possíveis dúvidas”, pontuou.
A palestra contou ainda com a presença do grupo de juventude da igreja, bem como do pastor dirigente da unidade, Pastor Edivaldo Delmondes.
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